Terramotos - imagens dinâmicas
Mais animações sobre as causas dos terramotos podem ser encontradas no jornal El Pais http://www.elpais.es/fotogalerias/popup_animacion.html?xref=20030122elpepusoc_2
Este blog pretende ser um espaço de reflexão sobre a evolução do conhecimento geológico ao longo dos tempos, principalmente a partir do século XVII, não esquecendo porém as pequenas histórias que fazem a grande história
Mais animações sobre as causas dos terramotos podem ser encontradas no jornal El Pais http://www.elpais.es/fotogalerias/popup_animacion.html?xref=20030122elpepusoc_2
No manual citado no post anterior, dirigido para o actual 9º ano, é ainda afirmado a propósito da formação de montanhas que:
Figura (19) - 'Face norte do Monte Everest. (Telefotografia da expedição inglesa de 1922). A montanha mais elevada do globo é formada de rochas estratificadas, antigos sedimentos marinhos'.
Alguns desses sistemas montanhosos surgem representados através de duas fotografias de modelos de um geólogo alemão (Krantz).
Neste manual ainda se admite que a Terra esteja a sofrer um processo de diminuição de volume:
'Uma hipótese que se formula para explicar esta progressiva diminuição de volume, toma como principal causa dela a gravidade. As massas que constituem a terra são atraídas por fôrças centrais, em obediência à lei de Newton e pouco a pouco se vão dispondo, vencida a sua resistência à deformação, de maneira a ocuparem menor volume.
As deformações porém não se realizam com absoluta continuidade: a cada período em que predominam, sucede outro de paralização do processo. É que a deformação das massas terrestres acompanha-se de um desenvolvimento de calor que, enquanto se não dissipa, se opõe, a nova diminuição de volume'. (p. 71)
Assim se formam as 'rugas' monoclinais e anticlinais que podem ser experimentalmente imitadas no aparelho de Bailey Willis: 'camadas de substâncias plásticas são apertadas entre um cepo fixo e outro posto em movimento por um parafuso, e ao mesmo tempo são comprimidas por o peso, que pode variar-se, duma massa semifluída'.
Vale a pena consultar a página da BBC (http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/specials/newsid_4327000/4327876.stm)
The Museum of Science of the University of Lisbon and the Portuguese Society of Chemistry are pleased to announce:
Durante o século XVII foram publicadas algumas obras que podem ser consideradas como um testemunho dos primeiros passos na individualização da Geologia. Estas publicações, com carácter essencialmente especulativo, procuraram reconstituir a história da Terra.
M – camada compacta e opaca
I - fogo central
1º quadrante:
A – atmosfera
2º quadrante:
B – atmosfera
C – camada sólida, dura e opaca
3º quadrante:
B – atmosfera
D – camada líquida
C – camada sólida, dura e opaca
4º quadrante:
B – atmosfera
E – camada dura constituída por várias capas de matéria, semelhantes a películas
D – camada líquida
C – camada sólida, dura e opaca
Figura 1 – Diferentes fases da evolução da Terra, de acordo com René Descartes (Princípios de Filosofia)
Numa fase mais adiantada da descrição do seu modelo, Descartes previu a formação de fissuras na camada E (fig. 2). O alargamento destas fissuras provocaria o colapso desta camada sobre a camada C. Mas uma vez que esta superfície não tinha uma área suficiente para receber todas as peças deste corpo, na mesma situação em que se encontravam anteriormente, tornou-se necessário que algumas caíssem de lado e se apoiassem umas nas outras. Desde modo, utilizando uma série de deduções lógicas, Descartes pretendeu explicar a formação das montanhas e a existência de um oceano interior com o qual comunicavam os diferentes mares.
Figura 2 – A última fase de desenvolvimento da Terra, segundo René Descartes (Princípios de Filosofia)
Foi lançado no dia 23 de Abril, dia internacional do livro, uma nova tradução de Candide, ou l'Optimisme de Voltaire. A tradução é de Rui Tavares, o autor do Pequeno Grande Livro sobre o Grande Terramoto, a que já antes fiz referência. A edição muito cuidada, da 'Tinta da China', inclui também notas e um pequeno estudo.
É comum, ao lerem-se textos antigos, encontrar referências a períodos de tempo nos quais se registaram acontecimentos considerados, à época, como 'extraordinários', 'misteriosos', 'curiosos', 'prodigiosos', etc. Toda uma longa série de adjectivos poderiam ser aqui recordados!
O site Planet Terre disponibiliza um conjunto importante de artigos, alguns deles no domínio da História da Geologia que vale a pena consultar. Três deles têm por base uma obra da autoria de Vincent Deparis e Hilaire Legros, Voyage à l'intérieur de la Terre, publicada em 2000.
A Linda Hall Library disponibiliza online uma exposição intitulada Vulcan's Forge and Fingal's cave: Volcanoes, Basalt, and the Discovery of Geological Time, que pode ser visitada no seguinte endereço: http://www.lhl.lib.mo.us/events_exhib/exhibit/exhibits/vulcan/
Charles Lyell, célebre geólogo inglês, foi alvo da crítica dos seus contemporâneos por defender uma perspectiva cíclica do tempo. A imagem (1830), da autoria do naturalista Henry De la Beche retrata Lyell como o 'Professor Ichthyosaurus' dando uma aula de anatomia, sobre a espécie humana, a uma audiência de seres extintos e novamente reaparecidos.
Na verdade, o século XIX ficou marcado por duas grandes mudanças conceptuais: a aceitação de uma escala geocronológica longa e a confirmação da existência de modificações no mundo vivo, ao longo dos tempos, patentes na sucessão de floras e faunas fósseis descobertas em várias regiões. Contudo, este tipo de cronologias também esteve associada a concepções de tempo cíclicas como algumas afirmações de Lyell parecem sugerir e que Henry De la Beche aproveitou para realizar estes cartoon.
As ilustrações que se seguem pertencem ao Atlas du voyage en Islande, fait par ordre de S.M. Danoise. Esta obra, em 5 volumes, foi publicada em Paris em 1802. Nela se incluem 59 estampas em talha-doce.
Figura 1 - Caverna de SurtshellirFigura 2 - Estalactites fundidas da caverna de Surtshellir
Figura 3 - Zeólitos e cristaisFigura 4 - Vista das montanhas do Distrito de Bardenstrand
Figura 5 - Geyser.
As restantes figuras podem ser visualizadas no site da Biblioteca Nacional de França.
Por iniciativa de Richard Owen (1804-1892) e com o apoio do pintor e escultor Waterhouse Hawkins foi desenvolvido um projecto de criação de reconstituições, em grande dimensão, de dinossauros assim como de outros animais cujos esqueletos fossilizados tinham sido descobertos na época. A exposição, instalada no parque de Sydenham, perto de Londres, para onde foi transportado por ordem da rainha Vitória o Palácio de Cristal, teve um enorme sucesso entre o público. Embora estas reconstituições se tenham revelado posteriormente incorrectas, elas permanecem no mesmo local, tendo agora valor histórico por serem a primeira tentativa de vulgarização científica de dinossauros.
Figura 1 - 'Dinosauria, or Gigantic Lizards, that lived during the Secondary Epoch of the Earth's History'. De acordo com a legenda de Waterhouse Hawkins à esquerda encontram-se representados dois Iguanodon e à direita um Hyleosaurus.
Figura 2 - Parte de um 'Diagram of the Geological Restorations at the Crystal Palace', esquema que Waterhouse hawkins utilizou para ilustrar uma conferência que deu na Society of Arts (Londres) em 1854. Os modelos estão dispostos numa ordem cronológica da direita para a esquerda. Figura 3 - Atelier do escultor Waterhouse Hawkins.
Figura 4 - Cartoon da época (Punch, 1855).
Figura 5 - Outro cartoon do Punch (1855), 'The Effects of a Hearty Dinner after Visiting the Antediluviam Department at the Crystal Palace'.
Figura 6 - Representação do banquete que foi oferecido por Owen a 20 personalidades, a 31 de Dezembro de 1853, no interior de um Iguanodon, para comemorar a abertura da exposição.
Mais um endereço importante, o portal de História da Ciência da Wikipédia
Estas imagens fazem parte de uma obra intitulada Illustrations de Description de l'Egypte ..., botanique, minéralogie, T. II, Paris, 1813, onde se descrevem as observações efectuadas no Egipto à época da expedição da Armada francesa. Esta obra é formada por 80 ilustrações, a maior parte do domínio da botânica, podendo ser consultada na Biblioteca Gallica no seguinte endereço:
http://visualiseur.bnf.fr/CadresFenetre?O=IFN-2300301&I=1&M=notice